
O pai de marido tem um sítio lá em Joanópolis. Aliás, preciso mesmo falar sobre o pai e a mãe de marido, poi eles são o casal que todos deviam conhecer para tentar ser igual. Conta seu Zezinho (que adora contar seus "causos") que o avô dele era dono de grande parte da terra da cidade, viviam todos numa casa grande com assoalho de madeira que rangia o dia todo com as crianças correndo pela casa. Cada filho que casava, construia uma casinha lá no rancho mesmo, assim a família crescia e os filhos ficavam sempre reunidos. Nenhum se metia na vida do outro e a mãe deixava de ter autoridade sobre o filho que casou, assim não tinham grandes conflitos e todos viviam sempre bem. Quando queriam comer algo diferente (porque eles plantavam e criavam galinhas, inclusive as partes da galinha eram divididas entre os filhos pela mãe, que dava a cada um, um pedaço suculento e um de ossos), matavam um leitão e comiam com a família toda reunida, e o que sobrava, era dividido depois com os vizinhos, que faziam o mesmo quando tinham sobras. Bonito é ouvir seu Zezinho contando e ver pinguinhos caindo dos seus olhos.
Depois de algum tempo, Joanópolis precisou de uma represa grande, e a Prefeitura comprou (por bem menos do que valia) grande parte das terras da família para que as águas invadissem todo espaço. Sem opção a família vendeu a maior parte, mas ainda assim sobraram alguns pedacinhos que foram depois repartidos entre os filhos, que repartiram com seus filhos, e assim seu Zezinho ainda tem o seu ranchinho. Mas ele preferiu mudar-se para outra cidade, onde o emprego era melhor, e a família teria mais conforto. Agora Joanópolis é sinônimo de descanso.
Pai e mãe de marido estão por aqui, mas com os costumes de lá! Eles conseguem reunir a família toda (cerca de 40 a 50 pessoas entre filhos, noras e genros, netos e agregados e agora um bisnetinho) todos os sábados na sua pequena casa com varanda de frente para a calçada, onde os carros tomam a rua e os vizinhos perguntam porque tem festa toda semana...
Estivemos lá no final de semana, todos os filhos da mãe, netos da mãe e agregados como nomearam. É incrível a união e respeito de todo mundo. Tivemos que acampar pos a casinha ficou pequena pra tanta gente, dormiram até na varanda que foi fechada com lona.
No passeio à cidadezinha, fomos a cachoeiras, reservas e cidades vizinhas.
Fui numa destilaria super bonitinha em Extrema, divisa de Minas.
Acabei saindo de lá com um doce de leite pois sou avessa às bebidas.
Cachoeiras